O Cemitério Histórico de João Monlevade estará aberto para visitação da comunidade sábado, 2, Dia de Finados, de 08h às 16h. Não é necessário agendamento.
De propriedade da ArcelorMittal, que o mantém preservado, o espaço foi construído por volta de 1820 para o sepultamento de corpos de escravos que serviam na Forja Catalã e no Solar de Monlevade. Quando faleceu, em 14 de dezembro de 1872, o pioneiro francês Jean Antoine Felix Dissandes de Monlevade teve atendido seu desejo e foi sepultado ali por sua família, junto aos escravos que outrora trabalharam nas forjas e na fazenda.
O túmulo do pioneiro que cedeu seu nome à cidade é sempre visitado e conserva todas as suas características originais. No mesmo local está sepultado o corpo de Senhorinha da Silva, falecida em 16 de setembro de 1871, escrava e dama de companhia de Dona Clara de Souza Coutinho, esposa de Monlevade.
Outro personagem fundamental na história da empresa e da cidade, o engenheiro siderurgista luxemburguês Louis Jacques Ensch, falecido no dia 9 de setembro de 1953, também foi sepultado ali, assim como sua esposa, Dona Maria Coutinho Ensch, falecida em 21 de janeiro de 1966.
Ensch foi o responsável pela implantação da nova usina nas terras que pertenceram ao pioneiro Jean Monlevade e da qual lançou a pedra fundamental, em 31 de agosto de 1935. Coordenou também a construção das vilas operárias que mais tarde deram origem à cidade. Falecido durante viagem à Europa, teve atendido o seu desejo de ser sepultamento no Cemitério Histórico.
Mais três pessoas estão sepultadas nesse cemitério: o engenheiro alemão Ervin Krueger, falecido em 22 de fevereiro de 1940 e que, na época, trabalhava na Usina de Monlevade como chefe de instalações elétricas; Orozimbo Bemvindo Brasileiro e José Alvim, ambos falecidos em 22 de agosto de 1942, segundo consta, em confrontos ocorridos na região, na época da Segunda Guerra Mundial.