Secretaria de Saúde de João Monlevade debate propostas do I Simpósio Intersetorial de Prevenção ao Suicídio

Foi realizada na manhã desta quarta-feira (16), na sede da Secretaria de Saúde de João Monlevade, uma reunião para avaliação, debate, análise e encaminhamento de propostas do I Simpósio Intersetorial de Prevenção ao Suicídio.

Na ocasião, foram debatidas propostas, ações, metas e planejamentos de trabalho de prevenção ao suicídio no município, de acordo com os encaminhamentos do Simpósio “Suicídio: Saber, Agir e Prevenir”, que foi realizado no dia 10 de setembro, Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, na Escola Municipal Cônego José Higino de Freitas, no bairro Aclimação.

O objetivo é que o assunto seja debatido durante todo o ano, indo além do já instituído “Setembro Amarelo” e que outras instituições e órgãos sejam convidados a discutir o tema em outros encontros, como as secretarias municipais de Educação e Assistência Social, Vigilância em Saúde (Visa), Procuradoria Jurídica, órgãos de segurança pública, universidades, escolas, imprensa e outros.

Participaram da reunião a secretária municipal de Saúde, Raquel Paiva Drumond, a secretária-adjunta, Simone Borba, a médica psiquiatra, primeira-dama do município e presidente do Conselho Curador da Fundação Crê-Ser, Rosângela Guimarães Ribeiro e a coordenadora da Divisão de Saúde Mental do município, Eliana Ferreira Bicalho, além de servidores da Secretaria de Saúde.  

A importância da prevenção

De acordo com a coordenadora Eliana Bicalho, não se pode restringir a Campanha ao Setembro Amarelo e o Simpósio teve o propósito de mobilizar a todos para ações futuras, sempre apontando para o coletivo. “Em outubro o público alvo serão as equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF). E pretende-se falar desse fenômeno o ano inteiro, abordando grupos diversos, de setembro a setembro. Sabemos que o suicídio pode ser prevenido e uma comunicação correta, responsável e ética é uma ferramenta importante para evitar o efeito contágio. Todos nós devemos atuar ativamente na conscientização da importância que a vida tem e ajudar na prevenção do suicídio, tema que ainda é visto como tabu”, destacou Eliana. 

Apoio do Legislativo

Na tarde desta quarta-feira (16), a secretária de Saúde, Raquel Drumond, e a médica psiquiatra, Rosângela Ribeiro, estiveram na Câmara Municipal para pedir apoio aos legisladores na prevenção ao suicídio.

“O suicídio acontece no Brasil inteiro, em Minas Gerais, e em João Monlevade não é diferente. Precisamos falar desse assunto. Prevenir e combater o suicídio é necessário. Por isso estamos aqui. Para sensibilizar a Casa e pedir aos vereadores para nos ajudarem a falar sobre o assunto”, ressaltou Raquel.

 

Ao usar a Tribuna, Rosângela Ribeiro afirmou que o tema é dolorido, mas que não pode ser omitido. “Em função da alta taxa de suicídio que vem acontecendo na cidade, a gente vem sendo desafiado desde o começo do ano para discutir e adotar ações que possam mitigar esse número alto que tanto mutila as famílias de nossa cidade”, disse. Segundo a psiquiatra, o assunto vem sendo trabalhado em simpósios, reuniões, discussões e capacitações, orientando as pessoas a identificar precocemente o potencial suicida para encaminhá-lo ao tratamento especializado. “Uma das ações que vêm sendo desenvolvidas é o projeto Setembro a Setembro. Não podemos pensar em somente um mês, suicídio ocorre todos os meses do ano”, lembrou Rosângela. Ela frisou ainda que “trabalhar essa questão envolve não só a Saúde mas toda a comunidade”.

Outra proposta sugerida ao Legislativo é instituir o dia 10 de setembro como o Dia Municipal de Prevenção ao Suicídio.  

O Simpósio

O I Simpósio Intersetorial de Prevenção ao Suicídio aconteceu em dois turnos e contou com uma Conferência de Abertura feita pelo Major Richelmy Murta, oficial do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, que atua como secretário do Comitê Nacional de Abordagem Técnica a Tentativas de Suicídio (Conatts).

O evento também contou com a contribuição de diversos profissionais da Educação, Saúde e Assistência Social da Prefeitura e do Hospital Margarida, que relataram a lida de cada setor com o fenômeno. Ainda houve uma Mostra de Práticas Integrativas Complementares à Saúde (Pics), com apresentação de dois fisioterapeutas do Centro de Reabilitação Municipal. O encerramento foi realizado por uma voluntária do Centro de Valorização da Vida (CVV).

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