Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Doce entra em operação

A fim de auxiliar na prevenção e gestão de crises relacionadas ao período chuvoso, iniciado em novembro e com duração até março, entrou em operação, nesta terça-feira (12/11), o Sistema de Alerta de Eventos Críticos (SACE) da Bacia do Rio Doce. A ferramenta é operada pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB). O monitoramento é acompanhado pela Câmara Técnica de Gestão de Eventos Críticos (CTGEC) do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH Doce).

Anualmente, durante o período chuvoso, que inicia em meados de novembro, o SACH Doce entra em operação. O período previsto para a duração do sistema é até o dia 31 de março de 2025, podendo ser estendido em caso de necessidade.

O monitoramento dos rios é feito por meio de sensores de nível, que medem a variação das águas com alta precisão. Também são utilizados pluviômetros automáticos, capazes de registrar a quantidade de chuva em intervalos de segundos. Os dados são recebidos, organizados e consolidados em forma de boletins de monitoramento, enviados às defesas civis estaduais, municipais e demais órgãos de interesse.

O Sistema de Alerta Hidrológico funciona desde o ano de 1997, beneficiando municípios localizados nas proximidades das calhas dos rios Piranga, Piracicaba, Santo Antônio, Suaçuí Grande e Doce. Os boletins, que são atualizados diariamente pela plataforma SACE, podem ser acessados por meio deste link.

Os Municípios atendidos pelo monitoramentos são: Açucena, Aimorés, Antônio Dias , Baixo Guandu, Colatina, Conselheiro Pena, Coronel Fabriciano, Galiléia, Governador Valadares, Ipatinga, Linhares, Nova Era, Ponte Nova , Resplendor, Timóteo e Tumiritinga.

Entenda as Cotas de Inundação

Por meio das chamadas Cotas de Referência, o SGB informa sobre os impactos associados aos níveis dos rios. A Cota de Alerta indica que foi atingido o nível do rio onde a possibilidade de ocorrência de inundação é elevada.

Já a Cota de Inundação representa o nível que o rio atinge quando começa a ser observado o primeiro dano ao município. Durante a operação do Sistema, sempre que em um dos municípios o nível do rio supera a cota de Alerta, inicia-se a emissão de “Boletins de Alerta”, com maior frequência, contendo as previsões para os níveis dos rios nos municípios. 

Nova ferramenta é incorporada ao Sistema Alerta

Em agosto deste ano, foi entregue pelo CBH Doce uma complementação ao Sistema de Alerta Hidrológico. A nova ferramenta constitui-se em um sistema de previsão de vazões e níveis, que auxiliará na gestão de eventos críticos com até 14 dias de antecedência, o que representa mais tempo para que sejam tomadas medidas que reduzam os impactos das inundações na bacia do Rio Doce. O CBH Doce investiu aproximadamente R$ 1,3 milhões na elaboração do sistema de previsões, além da elaboração de mapas de inundação para 26 municípios da bacia hidrográfica do Rio Doce.

Bernardo Oliveira, pesquisador em geociências do SGB explicou, que neste primeiro momento, a ferramenta está ainda em fase de planejamento operacional. “O objetivo é trabalhar neste ano com o modelo atual de monitoramento e disponibilizar internamente a operação da nova ferramenta de forma semanal” explicou.

Apoio da CTGEC durante a operação do Sistema de Alerta

Cabe à Câmara Técnica de Gestão de Eventos Críticos (CTGEC) do CBH Doce propor diretrizes, planos e programas para monitorar e prevenir os efeitos dos eventos críticos na área da Bacia do Rio Doce, de modo articulado com os demais comitês da bacia hidrográfica e os órgãos da Defesa Civil, analisar mecanismos de articulação e cooperação entre o poder público, os setores usuários e a sociedade civil, no âmbito de toda a bacia hidrográfica, voltados para a minimização dos efeitos da ocorrência de eventos críticos.

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