Na reunião da última terça-feira(19) a Câmara Municipal de João Monlevade recebeu o presidente do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial de João Monlevade(Compir), Gláucio Antônio dos Santos, fez uso da Tribuna Popular onde apresentou dados estatísticos , vivências e relatos sobre o quão importante é a vida e a história da população negra na constituição de nosso país, assim como do Estado e da nossa cidade, embora as políticas ainda sejam um desafio na reparação das violências sofridas e no enfrentamento ao racismo.
Sobre a comemoração do feriado da Consciência Negra na cidade, ele ressaltou que é fruto do trabalho de movimentos sociais, do Legislativo e Executivo e que reforça a importância de reconhecer, celebrar, valorizar e enaltecer a história do povo negro.
Além dos eventos programados para o dia, como o Baobá Zumbi, Gláucio Santos citou as ações do Novembro Negro promovido por entidades e lideranças que lutam pela promoção da igualdade racial. Em relação aos avanços ele ressaltou a Lei 1937/2011 que criou o Compir e o Fundo Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e a Lei 2526/2023 que garante reserva de vagas para pessoas pretas e pardas no concurso público e em processos seletivos. Também foi constituído um grupo de trabalho que, permitiu a formação antirracista para gestores escolares, pedagogos e professores na rede municipal de ensino.
Durante seu discurso o presidente do Compir enfatizou “precisamos avançar porque o racismo é latente em nossa sociedade” disse ao fazer memória e enaltecer homens e mulheres negros que marcaram seus nomes na história da cidade. “Agradecemos o espaço nessa tribuna e o envolvimento dos vereadores e do Executivo na elaboração de leis que buscam garantir direitos e reconhecer a cultura do povo negro em João Monlevade” concluiu.
O presidente da Câmara Fernando Linhares (Podemos) parabenizou pelo uso da tribuna e falou da importância e relevância da data “é uma questão de reparação histórica por todos os males que os negros sofreram desde a época da escravidão” ele reforçou a importância da realização dessas ações e reiterou a disponibilidade do espaço democrático para recebê-los sempre que for necessário.