A Prefeitura de João Monlevade, através da Secretaria de Meio Ambiente, realizou no último dia 27, uma audiência pública para apresentação do Plano de Ação Climática (Plac) de João Monlevade.
O Plac foi criado em parceria com o projeto Climativa, encabeçado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e desenvolvido por um grupo gestor formado pela arquiteta da secretaria municipal de Obra, Ingrid Morais; as servidoras da secretaria municipal de Meio Ambiente, Silvana Guerra e Raquel Lopes; o secretário municipal de Meio Ambiente na gestão 2021-2024, Samuel Silva, ; o servidor da Defesa Civil Luan Barbosa; o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico na gestão 2021-2024, Thiago Santos; representante da Brigada Florestal Voluntária de João Monlevade, Crisian Assis; e representando a Sociedade Civil, Geraldo Magela Gonçalves (Dindão).
De acordo com a arquiteta e coordenadora do projeto, Ingrid Morais, o Plac é um documento que auxilia as cidades a lidarem com os eventos extremos da crise climática e nele estão identificadas e priorizadas as ações de mitigação e adaptação para a redução da emissão de gases de efeito estufa e o aumento da capacidade de adaptação da cidade. “O Plano de Ação Climática é feito de acordo com a realidade local e com as necessidades do município e deve ser revisado e atualizado periodicamente. Ele é criado de forma coletiva e participativa por técnicos da prefeitura, sociedade civil, membros de ONG’s e do setor privado”, afirmou Ingrid.
Durante a reunião, a coordenadora explicou que o plano contém 20 ações, com prazos diferentes de implementação e que o objetivo da audiência pública foi apresentar o Plac formalmente para a população, passando o bastão para que o Executivo e Legislativo possam implementá-lo de forma concreta. “O plano foi criado para que seja executado em um período de dez anos, prazo em que deve ser revisado”, afirmou Ingrid.
A arquiteta chamou a atenção para as mudanças climáticas ocorridas nos últimos anos em João Monlevade. “Segundo o site Atlas Digital de Desastres no Brasil, no período de 2020 a 2024, o município registrou sete ocorrências de desastres naturais, sendo seis do tipo hidrológico, ou seja, chuvas intensas”, explicou Ingrid, demostrando a urgência da implementação do Plac. “Tenho certeza de que, muito em breve, o Plano de Ação Climática será obrigatório em todo o território nacional. Nós, aqui de João Monlevade, saímos na frente, pois nosso está pronto”, completou.
As 20 ações contidas no Plano estão divididas em sete eixos temáticos: Defesa Civil, Infraestrutura, Ecossistema, Saúde, Educação Ambiental, Planejamento Urbano e Emissões.
A coordenadora explicou que dentro do Plano está disponível cada uma das ações que deverá ser implementada, com descrição, regiões beneficiadas pela ação, número de pessoas beneficiadas, prazo para execução, fontes de captação de recursos, órgãos e setores públicos responsáveis, parceiros em potencial, indicadores para monitoramento e Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU a qual a ação atende. “Solicitarei à prefeitura para que o Plac seja disponibilizado para todos através do site”, informou Ingrid.
A secretária municipal de Meio Ambiente, Fernanda Ávila, falou sobre o projeto e destacou: “Dentre as 20 ações contidas no plano, me chamou a atenção as do eixo Educação Ambiental. Não existe trabalhar Plac e qualquer outro projeto onde você não tenha em primeira mão a educação ambiental. Quero parabenizar a Ingrid e o Samuel pela iniciativa de criação do Plano, que é um dos pioneiros do estado de Minas Gerais”, destacou.
O prefeito de João Monlevade, Dr. Laércio Ribeiro (PT), parabenizou a todos os participantes do grupo gestor e destacou a importância do Plac. “O futuro da nossa cidade depende das escolhas que fazemos hoje. O Plano de Ação Climática não é apenas um compromisso com o meio ambiente, mas uma promessa de qualidade de vida para as próximas gerações”, afirmou. “A partir de agora temos em mãos o passo a passo para cuidar da nossa cidade”, completou.