Nesta semana, a professora Fabrícia Nunes de Jesus, docente da disciplina Química Geral nas Engenharias da Unidade João Monlevade, foi a convidada pela profªLílian Campos do Grupo de Pequisa em Metodologias Ativas no Ensino Superior da UNIFEI para uma live com o tema “A gamificação como caminho para inovação no Ensino de Química para as Engenharias”. O encontro virtual reuniu professores, estudantes e interessados em metodologias ativas de ensino, promovendo uma rica troca de experiências sobre práticas pedagógicas inovadoras e seus impactos na aprendizagem.
Durante a transmissão, a professora compartilhou seu percurso e as motivações que a levaram a adotar a gamificação como estratégia de ensino, prática que vem desenvolvendo desde 2018. Com uma abordagem sensível e crítica, Fabrícia apresentou o cenário desafiador da disciplina de Química Geral no contexto das Engenharias, marcado historicamente por índices expressivos de evasão e reprovação. A partir dessa constatação, ela defendeu a necessidade de intervenções pedagógicas capazes de ressignificar o processo de ensino e aprendizagem.
“A gamificação surge como uma possibilidade de tornar o conteúdo mais acessível, dinâmico e atrativo para os alunos. Ao transformar conceitos complexos em desafios lúdicos, conseguimos promover o engajamento e estimular a construção do conhecimento de forma mais efetiva”, destacou a professora.
Na prática, a metodologia adotada por Fabrícia consiste na divisão da turma em grupos, com sorteio dos conteúdos programáticos que cada equipe deverá trabalhar. Após dialogar com os alunos sobre os desafios da disciplina e explicar os fundamentos da gamificação, a professora lança o desafio: cada grupo deve criar um jogo original, desafiador e criativo, priorizando o uso de materiais recicláveis e de baixo custo. Os estudantes são responsáveis por definir as regras, a pontuação, a dinâmica e as recompensas de cada jogo, além de confeccionar os materiais necessários.
O processo envolve momentos de elaboração, testagem e apresentação dos jogos, sempre com a participação ativa de todos os estudantes. Ao final, os jogos são experimentados pelos colegas, criando um ambiente colaborativo de aprendizagem, onde o erro e o acerto fazem parte da construção do conhecimento. Todo o percurso é acompanhado pela professora, que realiza registros qualitativos e quantitativos para análise dos resultados.
Segundo Fabrícia, a experiência ao longo dos anos tem revelado resultados significativos: “Os alunos se mostram mais motivados, envolvidos e interessados pela disciplina. Além disso, percebo uma maior apropriação dos conteúdos e um fortalecimento do trabalho em equipe, o que contribui para uma aprendizagem realmente significativa”.
A live foi marcada pelo reconhecimento da importância das metodologias ativas no ensino superior, especialmente em áreas tradicionalmente desafiadoras como a Química. Ao final do encontro, a professora deixou um convite à reflexão sobre o papel docente e a necessidade constante de inovar as práticas pedagógicas, sempre buscando formas mais efetivas de contribuir para a formação dos futuros engenheiros.
A transmissão completa da live está disponível para acesso no canal do Grupo:
https://www.youtube.com/live/QN4nTV5Oxnc?si=R9K8fA70O8KA-Obv
