Audiência Pública na Câmara de João Monlevade discute saúde no município

Raquel ainda reconheceu as deficiências, tanto na secretaria quanto no hospital, mas que a pasta trabalha para a solução do problema

Em atendimento ao requerimento nº 15/2024, de iniciativa dos vereadores Revetrie Teixeira (presidente da Comissão de Saúde) e Belmar Diniz (membro da Comissão), a Câmara Municipal de João Monlevade realizou Audiência Pública nessa quinta-feira, 9, para discutir sobre a atual situação do setor de saúde no nosso Município.

De acordo com Belmar, a reunião é para buscar esclarecimentos sobre as constantes reclamações que os parlamentares têm recebido em relação a saúde, principalmente no que diz respeito ao Hospital Margarida. Ele lembrou que o país está passando por uma epidemia da dengue e que isto contribui para a superlotação nos hospitais. Outro ponto destacado por Belmar é em relação as reclamações sobre a conduta de alguns profissionais médicos.

Por sua vez, Revetrie Teixeira endossou a fala de Belmar e destacou a falta de vagas nos Postos de Saúde. Ele ainda questionou o motivo de não ter aberto um Centro de arboviroses no município.

Presenças

Participaram da reunião além dos autores, os vereadores Rael Alves, Leles Pontes, Marquinho Dornelas, Thiago Titó, Pastor Lieberth, a secretária de Saúde, Raquel Drumond, secretária adjunta de saúde, Simone Borba, assessor de governo, Cristiano Vasconcelos, coordenadora da Atenção primária, Renata Moura, administradora do Hospital Margarida, Girlene Mendes, advogado do HM, Felipe Ivens, assessor financeiro do HM, Ricardo Torres, Presidente do Conselho de saúde, o médico Luiz Fernando do Amaral, além de demais membros do Conselho de saúde e usuários do serviço de saúde.

Hospital Margarida

Girlene explicou que o Hospital Margarida registrou nos últimos meses um aumento nos atendimentos principalmente em relação a dengue, e que esta procura tende a permanecer, já que este é um período onde são registrados problemas respiratórios. Ela ainda destacou que os atendimentos são feitos conforme o protocolo de Manchester, que classifica o paciente quanto ao atendimento. Sobre as condutas médicas, Girlene explicou que os casos de reclamações feitos por meio da ouvidoria da Casa de saúde, são analisados por uma equipe do Hospital.

O assessor contábil, Ricardo Torres, apresentou dados sobre os atendimentos na unidade. Segundo ele, o Hospital atende a

microrregião composta pelas cidades de João Monlevade, Rio Piracicaba, Nova Era, São Domingos do Prata e Bela Vista de Minas, com uma população média de 150 habitantes, além de cerca de 20 mil pessoas em transição como estudantes, prestadores de serviços, etc, totalizando 170 mil pessoas.

Sobre os atendimentos no pronto socorro do HM, Ricardo relatou que são atendidos em média 50 municípios por mês, sendo muitos destes pacientes vítimas de acidentes da BR 381. Já em relação as contribuições das cidades ao Hospital, Ricardo relatou que é feita de acordo com a vontade de cada município. Inicialmente as cidades da microrregião contribuíam com cerca de R$0,50 por habitantes/mês, tendo alguns municípios reajustado para R$0,75 por habitante/mês. Ainda em sua fala, Ricardo contou que o Hospital procurou todas as prefeituras da região, propondo a colaboração de um plantonista por mês, porém a conversas ainda não avançaram.

Secretaria de Saúde

Sobre a dengue, a secretária de saúde, Raquel Drumond, ressaltou que a pasta possui um plano de contingência para as arboviroses, que foi estabelecido desde o início da pandemia da dengue. Raquel garantiu que todas as pessoas que procuraram as unidades de saúde foram atendidas, sendo realizados cerca de 25 mil atendimentos até hoje, incluindo as pessoas atendidas nos horários estendidos nos postos.

Raquel ainda reconheceu as deficiências, tanto na secretaria quanto no hospital, mas que a pasta trabalha para a solução do problema. “Hoje as reclamações foram traduzidas em números e estamos trabalhando juntos para resolução destas deficiências”. Sobre as coberturas da estratégia da família, ela lembrou que ainda não atingiu 100%, mas que toda a população é atendida pelas equipes da atenção primária, em áreas que não possuem cadastro. Raquel também destacou as contratações dos 56 agentes comunitários além dos outros 21 agentes, que estão em processo de finalização para contratação, contribuindo assim para ampliar o atendimento.

Questionada sobre a vacina contra dengue e o fumacê, Raquel explicou que estas medidas dependem dos dados de contaminação em cada cidade, além de critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Ela ainda esclareceu que o município tentou fazer a contratação do carro fumacê, mas não obteve êxito devido a burocracia. Outra medida adotada pela Secretaria foram as contratações dos agentes de endemias para trabalhar nos locais onde a incidência de focos é maior.

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