O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 1,31% em fevereiro, um aumento de 1,15 ponto percentual em relação a janeiro (0,16%). Esse é o maior índice para o mês desde 2003 (1,57%). No acumulado do ano, o IPCA soma 1,47%, enquanto a variação dos últimos 12 meses chegou a 5,06%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (12), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre os nove grupos pesquisados, Educação (4,70%) e Habitação (4,44%) tiveram as maiores altas, com impacto significativo no índice. A energia elétrica residencial subiu 16,80%, após uma queda expressiva em janeiro. Já o grupo Alimentação e bebidas (0,70%) registrou desaceleração, influenciado pelas altas do ovo de galinha (15,39%) e do café moído (10,77%), enquanto itens como batata-inglesa (-4,10%) e arroz (-1,61%) tiveram queda nos preços.
No setor de Transportes (0,61%), os combustíveis subiram 2,89%, com destaque para o óleo diesel (4,35%) e a gasolina (2,78%). As tarifas de ônibus urbanos também tiveram aumento expressivo em várias capitais, como São Paulo (12,01%) e Rio de Janeiro (2,17%).
Regionalmente, Aracaju (1,64%) teve a maior alta do IPCA, impulsionada pela energia elétrica e combustíveis. Fortaleza (1,03%) registrou a menor variação, devido à queda nos preços das passagens aéreas e da gasolina.
INPC sobe 1,48% em fevereiro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda de até cinco salários mínimos, registrou alta de 1,48% em fevereiro, acumulando 1,48% no ano e 4,87% nos últimos 12 meses.
Assim como no IPCA, a alta no INPC foi puxada pelos reajustes na energia elétrica e nos combustíveis. A maior variação foi observada em Aracaju (1,79%), enquanto Goiânia (1,01%) teve a menor taxa.